UM AMOR DE VÁRZEA
Autor: João Maria Ludugero.
Lá na minha Várzea
A cada dia que nasce
O sol traz sempre uma boa nova,
Traz uma esperança renovada.
O sol traz sempre traz uma Nova Esperança:
A de que um amor sem precedentes.
E esse Amor chega,assim, maiúsculo,
Vem ao nosso encontro, de súbito,
Mesmo que seja ali, cara a cara,
Diante dos nossos olhos,
Diante da praça pública,
No centro da praça do Encontro.
Um dia, sem que estejamos preparados,
O Amor se aloja no nosso peito, relicário.
E justamente nesse dia, de fato,
Tomamos banho de sol e de lua,
Ou se a chuva cair,
Que venha a chuva, a cheia, a enchente,
Cúmplices, dividiremos o guarda-chuva.
Ali andamos de mãos dadas,
Pelas margens do Calango, sem medo da vida,
A imaginar nós, dois em um, de direito,
Cantamos com o vento, sem hora,
Acolhemos as ondas do Amor,
Contemplamos a paisagem varzeana
Ao sabor da natureza viva!
É tão bom se apaixonar.
É tão bom ir andar ali, andarilho,
E acabar por voar, açude a fora,
Bem no interior, no cerne,
Bem no coração da minha Várzea das Acácias!
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