Comecei a pintar este poema
que compus em pensamento
e que tento, esboçar, consentido
estampando a nudez da rosa,
atraiçoado pela tinta encarnada
que me sangra entre os dedos.
Lembro-me do teu corpo bonito
e do desejo de te desnudar com arte,
de te moldar ao bronze,
tecer silabas maleáveis,
inventar contornos, contorcido
para abraçar teu corpo distante.
Não ouso em cortar os impulsos,
e as mãos primam à obra:
escolho teu perfil nunca inerte
só pra me desencalhar o vão da memória inquieta
sublinhando a potestade que me inteira
de toda maneira assim te vejo escrita em êxito
dentro da minha cabeça feita de poesia.
Sob a luz baça do candeeiro em labaredas
desenho tua imagem em tisnas,
aquecido em suspiros de silabas e rumores
tonifico o silêncio que soa fundo aos pincéis
na eclosão das cores de uma tela ardente,
feito uma maré que de súbito extravasa e seca
deixando a descoberto no areal teu busto,
em alto relevo, revelo insinuosas curvas
que aceleram o poema que acabo de criar
enfocado nas formas do teu molde livre,
encubado na descontração
que me veste solto de alegria só de manjar,
envolto de uma nudez que nunca será castigada:
Aquela que não só me aparta da agonia
de estar possuído por um sentir assim
tão indizível em palavras de bendita magia,
mas por um Amor que me conduz maiúsculo,
seduzido aos cântaros sob a mira
do olhar encantado de uma criatura arteira
alinhando-me traços, trópicos e equadores!
INCRIVEL!!!!
ResponderExcluirMISTURA DE ARTES !!!
ADOREI!!!!
Super Abraço
Pleno o teu poema,amigo!!!
ResponderExcluirAmei!!!
Bjsssss,
Leninha