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quinta-feira, 12 de abril de 2012

SANTO? NEM DO PAU-OCO!


Eu sempre ando com Fé, e voo

Eu ponho a mão de Deus 
Em tudo que faço
Mas confesso:
Não me amordace, 
Não me faça comer o pão 
que o diabo amassou,
Pois não tenho vocação 
para ser santo!
Eu gosto das coisas de Deus, aprecio
Mas não quero ser anjo nem tanto
Não nasci para beato nem monge
Longe de mim esse negócio 
De ser João-vai-com-os-outros.
Estou mais para ser 
Da vogal consoante
Talvez consentido 
A voz não emudeça 
Ao ser mais que uma farpa
Do pau-oco da lírica anarquia amante!

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