Na minha Várzea das Acácias,
o rio Joca formava o poço dos Damas,
que ficava lá no riacho de água salobra.
parte da vida era levada na beira do rio
onde a gente lavava a alma
Ao dar mergulhos agarrados na coragem
de enfrentar a contra-corrente.
Num dia de chuva, por pouco não me deixei
levar pela enchente, por sorte
acho que a correnteza me era assim
tal qual uma conhecida amiga
que me empurrou para o outro lado do Joca.
De lá pra cá, me acostumei com as águas
e nunca mais tirei os pés do rio.
Por isso que ainda sinto salobra
a água morna molhar meu rosto:
É a saudade que se debulha
em meus olhos d'água.
Lembro quando minha mãe Maria
tocava seus pés na água rasa.
E, na memória ficou a doce lembrança
daquela terna imagem emoldurada.
Recordo-me que desde cedo
eu aprendi a nadar. Será?
Então se aprendi, porque que o meu peito insiste
em querer-me afogar nessas águas rasas?
Acabo assim marejado,
de olhar submerso em lágrimas,
pois sei que minha mãe Maria não vai mais voltar...
Mas quero guardar comigo aqueles instantes eternizados
em que a vi molhando os pés no riacho...
E, ao que parece, eles estarão lá para sempre,
porque sonho acordado com essa paisagem
que o rio emoldurou no cerne
do meu coração tão varzeano.
o rio Joca formava o poço dos Damas,
que ficava lá no riacho de água salobra.
parte da vida era levada na beira do rio
onde a gente lavava a alma
Ao dar mergulhos agarrados na coragem
de enfrentar a contra-corrente.
Num dia de chuva, por pouco não me deixei
levar pela enchente, por sorte
acho que a correnteza me era assim
tal qual uma conhecida amiga
que me empurrou para o outro lado do Joca.
De lá pra cá, me acostumei com as águas
e nunca mais tirei os pés do rio.
Por isso que ainda sinto salobra
a água morna molhar meu rosto:
É a saudade que se debulha
em meus olhos d'água.
Lembro quando minha mãe Maria
tocava seus pés na água rasa.
E, na memória ficou a doce lembrança
daquela terna imagem emoldurada.
Recordo-me que desde cedo
eu aprendi a nadar. Será?
Então se aprendi, porque que o meu peito insiste
em querer-me afogar nessas águas rasas?
Acabo assim marejado,
de olhar submerso em lágrimas,
pois sei que minha mãe Maria não vai mais voltar...
Mas quero guardar comigo aqueles instantes eternizados
em que a vi molhando os pés no riacho...
E, ao que parece, eles estarão lá para sempre,
porque sonho acordado com essa paisagem
que o rio emoldurou no cerne
do meu coração tão varzeano.
Google ne traduit pas toujours correctement le bon sens de vos mots, mais cependant j'arrive à décrypter un peu!... Gros bisous
ResponderExcluirComentário de Wagner Marim:
ResponderExcluirAprecio seu linguajar brejeiro,
uma grande lembrança não é para se esquecer. Grande abraço.
Amartvida disse:
ResponderExcluirintenso e a alma chora em cada verso...
belo demais poeta
abraço bem grande
Nina
M. disse...
ResponderExcluirJoão Ludugero:
E assim me desarmas!!! :)
Com a tua escrita o mundo é teu!!!
M., com tuas palpitações....
ResponderExcluirTe afogares? nunca. Tens braços fortes e te safarias ao nado às borboletas. Gosto da tua poética, do jeito que alinhavas teu "era uma vez"... Assim, ainda bem que podes sonhar, palpitar contente o coração... Entretida ainda com fadas e duendes debaixo da amendoeira.
És maravi-linda de viver! Podes acreditar, a beleza te palpita, dá pra sentir daqui quanto perfume que sobressai até após muitas chuvas podres de outono... É bom sentir teus cheiros e ruídos! Forte abraço, João.
Amigo, venho desejar a si e sua Família
ResponderExcluirum Feliz e Santo Natal.
Beijinhos
Irene
CUIDADO COM A ESCHISTOSOMOSE, MENINO jOÃO, E PARA DE PINTAR AS UNHAS DE ROSA...NÃO FICA BEM, MESMO NO NATAL....
ResponderExcluirhesseherre,
ResponderExcluirDesse mal fiquei imune, não tive nem barriga d'água nem esquistossomose... E quanto às unhas eu ainda não as pintei... mas não podemos dizer dessa água não beberei, pois poderemos um dia precisar dela beber, daí quem sabe se pode pintar o sete e o diabo a quatro ou mais... em qualquer época, não apenas na hora de encher o saco do bom velhinho.
Hiper abraço.
João.
Simples e belo teu poetizar!
ResponderExcluirGrande poeta, tu és mesmo de boa estirpe.
Abraços,
Raoni Serra
Parabéns!
ResponderExcluirTeu poema é muito belo e intenso na medida do amor. Forte abraço,
Gil Ornellas Brum,
Sou teu fã.
Como sempre, sua alma varzeana ressurge intensa e bela.
ResponderExcluirJanilson