Tempo,
aonde pretendo chegar?
Ainda não sei, depois
que virei gente grande. Cresci?
E o senhor não me dá tréguas,
amolece a carne crua, nervos e ossos,
escava sulcos à flor da pele da gente,
transfigura, descasca o rosto
depois de muitas luas,
depois de muitas luas,
devagar em vagão, aperta-me o cadarço
e no seu bater de cascos incansável
sequer me sobreavisa em alerta ao porvir
- ser outra vez boneco em tuas mãos molengas
quando no ato solene me roubas a cena,
por trás da cortina, de pronto,
ao me fazeres de gato e sapato,
ao brincares de médico
e o diabo a quatro fingindo-se deus,
sem apego, rótulo, bula ou manual,
e o diabo a quatro fingindo-se deus,
sem apego, rótulo, bula ou manual,
(in) justo comigo que nunca fui santo
quando profano me velas pagão, boquiaberto,
ao criar no vão da penumbra um certo lume,
um clarão no espelho da sala de estar
que só me dá 'indizentas' fugas,
que só me dá 'indizentas' fugas,
ao tentares ser outra vez da vogal consoante
ou passatempo à lírica anarquia,
em face do postiço pano de fundo
que não se deslinda no outro
a desmascarar outra vez afinal
quem nunca soube ter alma um dia.
O tempo é imparável... li e reli o seu poema, gostei muito.
ResponderExcluirDesejo-lhe um excelente 2012 repleto de muita poesia e de tudo aquilo que o fizer mais feliz!
Abraço
oa.s
Teu poema é mesmo fantástico! Já li diversas vezes e em cada linha, ou nas entrelinhas, vislumbrei muitas faces, nuances do tempo a enrugar a vida, a cada passo na corda esticada da lida, da vida marionete que a gente leva! Lindo demais. Muito feliz a tua ideia, o teu poetizar, sensacional! Gostei muito de ler-te!
ResponderExcluirRaoni Serra.
Quantas faces que há no decorrer do tempo a passar... Adorei, amei de paixão tua poesia, livre, leve e intensa. És um mágico das letras bem-ditas. Parabéns!
ResponderExcluirJosélia D'Artagnan Moura Brandão,
Estudante de Psicologia - Viçosa-MG.
Ó, poeta Ludu, que magnífico é poder vir aqui te ler, e muito gratificante poder entrar na tua poesia, me inteirar, sair com a alma querendo mais, com sede de vida! Que barato que é tua poesia! Abraços.
ResponderExcluirAna Beatriz Nogueira
Uma visão estonteante do que fomos... do que somos... e do que seremos... Mágico!
ResponderExcluirAbraço, Célia.
ALUISIO CAVALCANTE JR disse...
ResponderExcluirCaro amigo João
Não existe ano novo
se não houver sonhos novos.
Desejo que neste novo ano,
cada dia de vida da sua história,
seja vivido de modo calmo e pleno,
e que possas viver
o mais intenso caso de amor
com a sua vida,
e com os que fazem parte da sua vida.
Aluísio Cavalcante Jr.
Ludu,
ResponderExcluirAmei de paixão sua poesia!!!!
Fantástico!
Bjs.
Lídia Novais.
Poema intenso de ALMA mesmo...quem nunca teve uma alma assim? Adorei...abraços
ResponderExcluirMárcia Fernandes Vilarinho Lopes enviou uma mensagem para você em Casa da Poesia:
ResponderExcluirQuerido e especial amigo dessa tão preciosa Casa da Poesia,
Cheguei à conclusão que o mundo virtual é tal e qual o mundo espiritual, salvo as diferentes formas de instrumentos, quer sejam os "computadores", porque, na verdade, em ambos nos conectamos pelo que de mais etéreo há em nós, quer sejam as idéias e os sentimentos, e com isso cruzamos a densa camada que separa o nosso planetinha dos mundos evoluídos onde vivem o Criador e seus emissários. Dessa forma, poeta amigo, tenho que as nossas poesias são asas que nos unem nesse vôo diário ao Arco Íris completo da elevação em sintonia conjunta. Assim, a cada um de vocês o meu mais carinhoso abraço de agradecimento, pelo conjunto vôo diário e a mais forte vibração de novos dias plenos de alegrias, poesias, emoções, valores, ralizações, paz, harmonia, prosperidade e saúde.
Beijos a cada um e a todos.