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domingo, 8 de março de 2015

PURA VARZEANIDADE, por João Maria Ludugero

VARZEANIDADE,
por João Maria Ludugero

Eu tenho minha afoita varzeanidade,
os raios do sol de São Pedro Apóstolo
não me derreteram ou tragaram
além das nuvens esfiapadas
e a seara não me tragou
ao estio do agreste de Ângelo Bezerra.

Agora, os bons ares me iluminam o espírito,
refaço o caminho ascendente de regresso
ao antigo Vapor de Zé Catolé,
ora sob o comando de Seu Zuquinha,
sem medo da cuca esbaforida,
mas se preciso for, sem dúvida,
sou astuto menino João maduro
Ludugero Tão levado da breca,
sou sanhaço só a apreciar o mamão formoso,
sou curió, canário-de-chão, sabiá ou pintassilgo,
sou bem-te-vizinho, tetéu ou galo-de-campina,
sou de assanhar até mesmo
os pelos da venta!

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