VARZEANIDADE,
por João Maria Ludugero
Eu tenho minha afoita varzeanidade,
os raios do sol de São Pedro Apóstolo
não me derreteram ou tragaram
além das nuvens esfiapadas
e a seara não me tragou
ao estio do agreste de Ângelo Bezerra.
Agora, os bons ares me iluminam o espírito,
refaço o caminho ascendente de regresso
ao antigo Vapor de Zé Catolé,
ora sob o comando de Seu Zuquinha,
sem medo da cuca esbaforida,
mas se preciso for, sem dúvida,
sou astuto menino João maduro
Ludugero Tão levado da breca,
sou sanhaço só a apreciar o mamão formoso,
sou curió, canário-de-chão, sabiá ou pintassilgo,
sou bem-te-vizinho, tetéu ou galo-de-campina,
sou de assanhar até mesmo
os pelos da venta!
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