AOS DA MINHA VÁRZEA DE ÂNGELO BEZERRA,
por João Maria Ludugero
Assim como o menino João maduro Ludugero
deixou o estio do agreste do bem-te-vizinho
para conhecer a largueza do mundo,
de tempos em tempos precisamos
de coragem para sair da seara varzeana
de Ângelo Bezerra e conhecer novos cenários,
sem que, essa atitude, venha significar que abandonamos
a nossa Várzea de São Pedro Apóstolo, amada terra potiguar
da rezadeira Dalila Maria da Conceição e de Mãe Claudina,
senhora de tantas luzes alvorecidas a andar, a correr dentro
e a voar alto, sem medo da cuca esbaforida, mas, se preciso for,
somos de assanhar até mesmo os pelos da venta,
de coração partido a transbordar em nossos olhos d'água,
marejados de tantas e quantas saudades por se encontrar longe
da nossa Várzea da inesquecível madrinha Joaninha Mulato,
distantes dos banhos no açude do Calango e dos mergulhos
nas enchentes do rio Joca, cheios de tamanhas recordações.
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