Eu faço poesia com a alma
Eu teço versos consentidos
Mesmo sem rima nenhuma.
Sou poeta, já nasci assim
Desde cedo que me reinvento,
Crio, recrio o poema como quem reza,
Baixinho eu grito dentro dos nichos
Só pra dizer aos santos que nunca fui anjo.
Escrevo palavras ao vento em desafio
Só pra sentir o horizonte que bebo
Só pra me achar assim oásis-meado,
Sem matar a sede do que me excita a fio:
Fazer poesia a torto e a direito,
Sem a pretensão de ser cabotino!
Bem sei que há muita gente nessa raia,
Mentes conhecidas,
Ou que querem ser conhecidas
Como poetas,
Talvez um bocado
Seja genuíno
E outro magote soe falso,
Rondando o recinto sagrado da poesia,
Tentando parecer autêntico.
Nem preciso dizer
Que sou verdadeiro,
E que faço parte dessa laia, eira e beira,
Que ainda acredita com toda força
No verso solto que me liberta das algemas
E que me faz viver de recomeçar,
Reinventar-me a partir da poesia
Que traço, a que me faz a cabeça pensar sério
Mesmo que seja de brincadeira,
Todo santo dia!
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