A ASTUTA MALEMOLÊNCIA DA VARZEANITUDE CULTURAL,
por João Maria Ludugero
Não deixes que os pedregulhos
espalhados a caminho dos Seixos,
advindos da leva que se orvalha na esfera do tempo
diante do verde-musgo dos lajedos da seara agreste,
mas que eles não te impeçam de acreditar com afinco
no firmamento do horizonte que há para além deles...
Lembra-te que as pedras, que encontramos pelas bermas
da Várzea de Ângelo Bezerra, tantas vezes nos conduzem
para singelas e autênticas alegrias advindas dos achados
de mera ilusão que ganhou forma e chegou à compostura
de ser real sem retoques, artifícios, artimanhas escondidos
no vai-e-vem além do inenarrável quebra-potes da fantasia
e da malemolência do João Redondo em astuto mamulengo
sob a audácia de seu Pedro Calixto,
que doutra forma não iríamos varzeamar
dentro da cultura da nossa Várzea
de Seu Geraldo 'Bita' Anacleto,
inesquecível filho da mais terna
Madrinha Joaninha Mulato,
que, além de bem ajudar nas bulas de saúde
tinha jogo de cintura, malícia, marra, destreza...
E a malemolência de suas quadrilhas juninas
encantou a pacata gente do chão-de-dentro
da Várzea de Mateus Joca Chico,
inesquecível pai da Elba e do Nego Lia,
boi-bumbeiro de Reis na bonita terra
do pastoril de Joaquim Rosendo...
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