És uma brisa de vapor no coração,
És feito um jeito adocicado que apaga amarguras,
És um raio de sol em dia de chuva,
És uma esperança nova na tarde amena,
És um lenço macio do mais puro algodão,
Que seca o nosso salobro chorar.
Esse teu confeito de açúcar mascavo,
É como um puxa-puxa de cana-caiana
É milho a pipocar no jardim encantado,
De portas escancaradas ao retiro,
E que todos querem ver aos seixos,
Percorremos todo a cerca viva do Maracujá,
Só para encontrar um açude do Calango cheio
Um furo cavado à margem do rio Joca,
Uma potável água de cacimba
Para nesse fonte poder beber e matar a sede,
Tocar nas belas flores do Itapacurá a dentro,
Lindas e tão bem cuidadas acácias da rua São Pedro,
Nascidas para serem varzeamadas,
Com a essência do amor-elo,
Protegidas de toda a dormência fugaz
E de quem só as querem usar em perfume.
Essa tua cara que me nina integral,
Coberta de pétalas tão delicadas,
Pelo teu sorriso de princesa varzeana,
A tua maior beleza, assim seja bendita,
É a que o coração tem para doar de presente.
Esse teu doce sorriso de riacho de mel,
Esconde a garra de uma feliz cidade,
De uma menina assim com alma a desvendar,
De uma propulsora das grandes lutas de ontem,
Eu acredito no teu chão, Varzeão de corajosos amores,
Às tuas vitórias eu sempre baterei palmas a contento!