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quarta-feira, 26 de junho de 2013

PELA VÁRZEA ADENTRO, por João Maria Ludugero.

Não posso perder o tino ao pincelar tintas
em poemas feito de palavras até sem rima.
Trago um menino em mim que me observa
e ele tem nos olhos reverdecidos (qual a cor?)
todas as auroras bem como as tardes laranjas 
dentre outras manhãs varzeanas abertas ao Vapor. 
E eu ainda menino, que me alumia sereno, encantado,
tenho um moleque serelepe em mim 
e ele é que deveras me revela:
por isso circulo de costume sob o paredão 
do açude do Calango de água verde-musgo
e nos olhos banzos: tenho a alma de flor
e um corpo encarnando de permanente procura
e meu olhar apenas toca, de leve, as achas dos Seixos
e me afago na exata matriz da calça jeans tão desbotada, 
molhada em festa vespertina sem censura, de ralar o umbigo,
na descida dos ariscos sítios do Itapacurá.
E assim me bate uma saudade danada de Bita Mulato,
ao adentrar na quadrilha junina da Várzea das Acácias.

Um comentário:

  1. Bonjour,
    C'est toujours un plaisir que de lire vos lignes, même si mon traducteur déraille un peu !
    Gros bisous à vous.

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