Eu vou como eu vou
dentro do alto, disposto a tudo
voo de jeito ao vento num salto
reinvento-me num instante ao instinto
recrio asas na própria poesia que inicio
imensurável na medida do impossível
armo voo arteiro acima dos pontos
de partida e chego ao que sou de uma vez
nas infinitas artimanhas do agora
sem grandes segredos do ente em solo
sem novos secretos cascos tangentes
pendentes nesta hora de aventura
eu sou como eu sou possante
desde o presente porvir de antes
renovado em reverdecidas esperanças
desferrolhadas de repente ao léu
feito um bocado de mim
eu sou como eu sou possante
manjo só de olhar, poeta vidente
e vivo tranquilamente no azul do céu
boquiaberto muito além do jasmim
levando todas as essências sem me exaurir.
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