Moço de faces em essências pintadas
Encarnado no nariz de rubi-bola-vermelho
Não bastava ares de graça do Homem de Tintas
Ainda perambulas a esculpir
nem que seja tuas pernas-de-pau...
-Como é a vista daí, arribas ao namoro?
Porque tencionas a vida liberta em cartaz
a ser posta em multicores afins e outras mais?
É saga de astuto homem da morada do Park Way,
Que anda na rua de aclives de alinhados sabores
Catando alegrias espalhadas aos meios-fios em riste
Buscando sorrisos perdidos nas tardes amenas:
Atrás dos vidros das janelas fechadas ao longe
Aos pés dos pacientes antes do transe e das cancelas
Nos pneus das bicicletas em tráfego alheio pela Vargem Bonita
(Em tuas mãos cabe tanta alegria de perto, Poeta de Tintas?)
Será quantas destas ruas se filtram em becos de luas,
Quantos tantos destes veículos em candeias
Correm pra dentro das tuas veias-aquarelas?
Será que é teu coração-estrada-caminho ou asfalto?
Há que se colorir...e colores a estrada ao descaminho.
E outros tantos pintados homens pintores ao desvão se curvam
Costuram o ciclo da gente em seus monociclos
-Arte de coser fuxicos em colcha de retalhos coloridos.
E repintam-se fascinados, e recriam-se altos,
E riem-se reinventados por cima
e por dentro, sem quebras nem podas,
a ofuscar a penumbra, chegando
a acordar o devaneio aberto ao mundo.
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