Meu eu-poeta vibra com o tempo a passar...
Passadiço num dos pensamentos mais físicos
e matemáticos da existência.
Eis que o tempo, que tem o poder da infinitude,
se reencontra, em nós, afoito sob o poder libertador,
simples e cíclico da existência que, em todos os sentidos,
tem o poder de acordar, esquecer, acordar,
esquecer dentro e fora de todas as luas
e sóis alvorecidos... a penumbra e a luz
desde a pura essência do porvir.
Então, o tempo, posto que infinitude,
fica eterna criança e não entende,
como um simples ser humano
tem o poder de, finalmente,
na passagem natural, tudo esquecer
e também matar outros que ficam.
Há pessoas capazes de assim passarem
no tempo adiadas, sob o entulhar de penas reverdecidas
ou envelhecidas dentro do encosto do dia-após-dia
a se escorar nas dádivas do mundo,
tudo num lusco-fusco
advindo do sobejar do tempo.
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