Ontem visitei a casa onde cresci,
onde fiz correr tantas alegrias,
onde fiz correr tantas alegrias,
onde sentei na mesa
para fazer as lições de casa.
E quantas saudades senti
E quantas saudades senti
da mão da minha mãe Maria,
a segurar a minha para fazer o cedilha.
a segurar a minha para fazer o cedilha.
Ela que me ensinou o ato de contrição
E a rezar para o anjo da guarda,
Ela que sempre foi o próprio anjo a nos guardar.
Ela que era a rainha daquele doce lar.
Tem horas em que até me esqueço
de que ela já partiu para um outro andar.
Eu revi a casa vazia, quase silenciosa,
Um clima estranho, um vão cinzento,
a nostalgia a escorrer pelas paredes nuas
numa última olhada pela sala de jantar
Que agora é tamanha, falta a grande mesa.
A família toda reunida, meu pai, meus irmãos,
Eu revi a casa vazia, quase silenciosa,
Um clima estranho, um vão cinzento,
a nostalgia a escorrer pelas paredes nuas
numa última olhada pela sala de jantar
Que agora é tamanha, falta a grande mesa.
A família toda reunida, meu pai, meus irmãos,
O tilintar da louça, o aroma, a comida.
Quase ouço o vozerio, alarido e festa.
Ora um sentimento de vazio, um arrepio,
muitas lembranças,
sobram-me lágrimas
revela-se amplo silêncio
em cada passo, uma saudade maior.
Lembro-me da casa viva
da sala, do quarto, do jardim.
Quando uma voz me chama à realidade.
É chegada a hora de deixar a casa,
trancar de vez a última porta,
seguir em frente no batente da lida,
Quase ouço o vozerio, alarido e festa.
Ora um sentimento de vazio, um arrepio,
muitas lembranças,
sobram-me lágrimas
revela-se amplo silêncio
em cada passo, uma saudade maior.
Lembro-me da casa viva
da sala, do quarto, do jardim.
Quando uma voz me chama à realidade.
É chegada a hora de deixar a casa,
trancar de vez a última porta,
seguir em frente no batente da lida,
adiantar o passo,
sem apagar outras luzes, sem esquecer
sem apagar outras luzes, sem esquecer
Que muito da casa velha,
da sala de estar, da cozinha ao quintal,
da rosa ao jasmim,
muito ainda segue aceso
muito ainda segue aceso
dentro da vida da gente.
Olá Ludugero! Somos realmente "uma casa viva" das nossas origens! Retornar, rever, reavaliar é fruto do que foi plantado em nós na infância. Temos "lastro familiar" origens que nos autorizam a sentimentos puros e nobres como os que você injeta em seu belíssimo poema! Parabéns! Abraço da Célia.
ResponderExcluirParabéns prá você!!!
ResponderExcluirHoje dia 25 de julho é um dia dedicado a homenagear o escritor brasileiro, aquele que elabora artigos científicos, pautados em verdades comprovadas, ou textos literários, divididos em vários gêneros.
Obg por caminhar junto comigo nas letras...
Será que vc ainda se lembra de mim?
Bjsssssssssssssss
Belíssimo esse seu poema. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirToujours de très jolis mots...
ResponderExcluirBisous
Coisa boa as lembranças queridas! Manter vivo na memória, fatos que lhe deram alegrias e continuar a seguir. Sabemos que este tempo não volta, isso dói, mas construir outros lares, outras lembranças, que nossos descendentes um dia irão fazer o mesmo...Grande abraço
ResponderExcluirComo é magnífico vir aqui te ler. Que coisa boa e gratificante tua poesia! Adoro-te, menino poeta! Sou fascinada por tudo que escreves, sabia? És um ser humano estelar, de primeira grandeza. Como trazes doçura neste teu coração gigante. E não tem vergonhas ao expor teus sentimentos mais sublimes e belos. És um homem que todo mundo gostaria de ter... Amá-lo, isso tu já és, com todas as letras.
ResponderExcluirCarinhoso abraço,
Malu Bernardes Coimbra
Psicóloga.
João Ludugero, poeta, que bom vir aqui e conhecer o seu espaço. Gosto da sua poesia, do modo como escreves. E estais cada vez melhor, bom já nasceste. Dá pra ver por aqui que és um cara bonito, que tem o dom da beleza, por dentro e por fora. Verdade. Enxergo isso. E me admiro de pessoas como ti, que já nasceram belas. Sou escritor e já te acompanho faz um tempo. Tens muito carisma, por isso tanta gente te segue, por que tua poesia vicia. PARABÉNS por seres quem és e continuar sendo, sem tirar nem por. Nota dez! Mas quem sou eu para te avaliar, ó grande poeta! Forte abraço,
ResponderExcluirÁlvaro Azevedo Bertioga,
Escritor - Rio de Janeiro.
Lindíssimo texto!
ResponderExcluirAdorei. Muito belo, aconchegante e nostálgico na medida. Falou bonito, como sempre. E disse. Aliás, tu sabes deixar teu recado, livre, direto, da melhor forma e escrita. És digo de todo sucesso com tua POESIA da melhor qualidade. Parabéns!
MARLON VIEIRA
UnB.
JÁ ESTOU COMPLETAMENTE "LUDUGERADO". Você me conquistou com sua poesia de puro fascínio. Gosto demais! Beijão no seu coração,
ResponderExcluirLÉO PIERRE NOVAIS,
Asa Sul - Brasília - DF.
POETA JOÃO,VOCÊ DEVE SER MUITO AMADO, PARA ESCREVER ASSIM, SÓ ESTANDO MUITO BEM COM A VIDA! SAÚDE E DIAS BEM FELIZES. OBRIGADO POR PASSARES ESSE SENTIMENTO TÃO BONITO QUE TRAZES COM TUA POESIA MARAVILHOSA! SOU TEU FÃ. JÁ ESTOU TE SEGUINDO, COM MUITA ALEGRIA. ABRAÇO.
ResponderExcluirJAIR REZENDE MOTTA,
ANGRA DOS REIS - RJ.
João poeta,
ResponderExcluirSempre que venho aqui no seu blog fico surpreso com seus textos pra lá de avassaladores. Tocam bem na alma e são apaixonantes, mesmo. Tu tens o condão de bem escrever e nos prender com tua poesia de qualidade,livre,leve e solta. Gosto demais da sua linhagem poética, és único, admirável. Também sou teu seguidor e bebo nas águas da tua bendita poesia. És um cara de sorte, pois nasceste com o dom de escrever com o coração, sem fugir à razão. Te curto de montão, queria te dizer isso e o faço, com devoção, pois te admiro. És para mim um grande ser humano, um poetaço! Que a vida possa te sorrir sempre, e chores, se precisar, nem que seja de alegria! Abraço,
Nilton Damásio Taveira,
Pedagogo.
Eu queria ter um coração para escrever assim tão bonito. Mas me contento em vir aqui te ler: És bonito por natureza. Tuas palavras falam isso e repassam luminosidade, amor, paz, carinho e até saudades. Lindo poema! Chorei ao ler, pois me remeteu à minha antiga casa no interior de São Paulo. TE ADORO, poeta Ludu! Saúde e dias bem felizes. ÉS LINDO DE VIVER... TE AMO!
ResponderExcluirFlávia Damasceno Queiroz,
Psicóloga.
É como sempre digo: "Não há lugar como nosso lar..."
ResponderExcluirExcelente! Gostei muito daqui!
Convido-lhe para visitar meu blog: (paulobouvier.blogspot.com)acho que vai gostar! Obrigado!
Lindo poema… musicado, nos faz voltar no tempo e tomar um banho de felicidade e simplicidade.
ResponderExcluirÉs um grande escritor. Parabéns! Parabéns!
Eudes Camilo Miranda
Quem teve a felicidade de vivenciar o clima típico de uma casa, de um doce lar, com família reunida, ambiente festivo e as dificuldades típicas das limitações impostas por uma realidade que que se perde num passado distante, pode se considerar um ser privilegiado.
ResponderExcluirExultei de alegria e orgulho por ter conhecido, bem de perto, a riqueza que uma vida bucólica proporciona.
Gostei tanto do estilo do seu poema, que tento fazer do meu lar-doce-lar uma réplica de um desses redutos de simplicidade e amor.
Permita-me oferecer seu poema para quem, como eu eu, tem ou teve a sorte de ter vivido isso.
Grande abraço e muita paz!
Maria Cileide Moura Bento.
São Vicente - SP.
Passando por aqui para prestar minha homenagem ao dia da vovó,sei que vc valoriza muito,por isso estou aqui...nem sei se ainda lembras de mim...mas deixo minha homenagem assim mesmo.
ResponderExcluir"Netos são como heranças:Você os ganha sem merecer.
Sem ter feito nada para isso,de repente lhes caem do céu.
É como dizem os ingleses-UM ATO DE DEUS.
Sem se passarem as penas do amor,
sem os compromissos do matrimônio,
sem as dores da maternidade.
E não se trata de um filho apenas suposto,
COMO O FILHO ADOTADO:
o Neto é realmente o sangue do seu sangue,
filho de filho,mais filho que um filho mesmo..."
(RAQUEL DE QUEIROZ)escritora
desculpa a invasão,mas deixo um beijo de boa noite!