Estou aprendendo
A arte de botar o pé no chão,
Movimentar-me e sentir o chão,
Amar sem ser movediço,
Isso me dá vigor, segurança.
Fortaleço as pobres asas
Para que o sol escaldante
Não as acabe derretendo.
Eu não quero ter mais apego
Ao caminhar vadio nem àquela paz
Que as coisas não me dão,
Quero encorajar meus pés
Para um caminho novo,
Sem precisar ser atleta,
Para que meus calcanhares
Me levem a sério,
Me afastem do tédio
E sejam capazes de me conduzir
A outros labirintos.
Careço de afeto e carinho:
Isso me basta. É só.
Eu preciso de sinceros abraços
Não só da carne
Que se entrega
Por um preço baixo,
E tão logo depois se estraga.
Preciso de alguém
Que toque minha alma
E não me deixe a dois, vazio
Feito sobrevivente a divagar por aí,
Mais parecendo a alma depenada
De um vivo-morto.
Olá, Ludugero! Fantasticamente colocado o seu "DESAPEGO" - uso adulto e pediátrico! Precisamos de tão pouco para sobrevivermos... De um amor-entrega que nos nutra sem deteriorar! Um encontro "ad eternum" e mais nada! Belíssimo poema! Abraço da Célia.
ResponderExcluirBom dia, e como amar por dois faz sofrer o coração, mas afastar-me do desapego ainda e dificil, leva tempo...Belo! Abraços
ResponderExcluirOlá, Ludugero! Passando para te desejar uma semana abençoada. Perdoa-me a minha ausência, meu PC entrou em crise. Fique com Deus! Bjs no coração Márcia Valéria. Feliz dia do amigo atrasado.
ResponderExcluirLindo texto Ludugero, de muita sensibilidade. Parabéns!!!
ResponderExcluirOi João, saudades. Não estou conseguindo entrar em varios blogs, e em outros não consigo comentar, e no meu também, não estou conseguindo fazer muitas coisas de maneira normal. Estou até meio triste com isso, tomara que normalize logo. Há! Amei tudo que li aqui hoje, você como sempre... brilhante!!!
ResponderExcluirParabéns João, tenha uma ótima noite! Apareça, beijos. Eliana do Palavras que Abraçam!
Muito bom, gostei especialmente dos recursos visuais, casaram muito bem com o texto.
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