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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

ARREBOL, por João Maria Ludugero

A dádiva em mim é dividida,
Dúvidas recobrem a tabuada
E tantas divagações na galeria 
Me dividem no que penso, 
Me divirto no que consinto, 
Indivíduo a se inteirar no labirinto 
Que eu, feito poeta, tomo assento 
Num andar em débito automático. 
E, portanto, apressado me esbugalho 
A correr dentro e alto, sem o medo voraz 
Da cuca pegar, e só de manjar disparo em rezas. 
Daí me acho no caminho de uma promessa, 
Sob um acordo destemido em acordes de arrebol 
Desses que desapeiam a alma da gente, 
Ao ver no azul a estrela D'alva faiscante, 
Após o laranja repintar o céu 
Com o sol poente ao lusco-fusco.

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