Ainda me resta a palavra que ecoa
da tua boca de seda em carmim
que me deixa lúcido
que tanto me envenena
que me acende o olhar
a voar mais longe,
bem dentro do céu
que me comporta
ao me achar e me perder
na tua boca.
Dobro os joelhos consentido,
escavo, escrevo versos afoitos
deixo-me escorrer ao teu umbigo,
encolho os ombros a te servir
deito meus olhos, pra todo dia
poder olhar o mundo e ver,
por Santa Luzia,
rezo, faço da poesia um canto
alegre esvoaçar de pássaros
atravessando a aridez do agreste.
Quero mais sim,
hoje careço redobrar as asas,
ser mais que um Ícaro, derreter a cera,
sem medo de perder o juízo, apenas
ir rumo ao sol, girar bem alto e dentro...
Mas, se chegar a cair,
prometo a mim mesmo, sem penas,
estou pronto pra colar meus cacos.
Alcançar nossos desejos e ainda "colar nossos cacos"... Sabedoria máxima!
ResponderExcluir[ ] Célia.