Há dias em que me sinto nu,
coberto de razão,
Mais por dentro que por fora.
Não careço de palco
nem roubo a cena.
Longe de ser cabotino,
renasço das cinzas das palavras
que encantam ventos e tintas
de versos que uivam arteiros,
que surgem do interior a me despir,
a me mudar de penas,
sem dó nem rimas.
Daí me entrego a pousar no papel
sem resguardo à dor, alma penada.
Porque a vida só se renova
pra quem se doou
pra quem se doeu
pra quem morreu de amor,
e a si reiterou em espírito
a encostar no corpo nu,
num sopro em carne viva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário