VARZEANIDADE:
É uma qualidade de vida do homem agreste
da seara de Ângelo Bezerra, vertente do rio Joca,
seara do açude do Calango, do Vapor de Zuquinha,
do Itapacurá de Tio João Pequeno
e dos cacuás de frutos, caules, folhas, raízes, sementes
da terra bem-apanhadas pelo inesquecível José Borges,
caracterísca do ser humano
da verdadeira varzeanidade-alma,
a correr dentro da Várzea de Ana do Rego.
A varzeanidade perfeita é algo glorioso,
algo sublime, algo imensurável, esboçada com afinco
pelo menino poeta João maduro Ludugero!
Escrever assim, de forma consentida,
é a sua perfeita vocação!
João Maria Ludugero é semente desta natureza,
da vida em seu corpo
de emergência para, além das quatro-bocas
achar o ávido caminho das cumbucas
de experiências poéticas potiguares,
amadurecendo no sentido do despertar
da sua consciência literária, no sentido da elevação
à perfeição disposta em eiras, leiras e soleiras
de quebrar o possante pote da fantasia
da sua estimada Várzea dos Caicos.